Mesóclise

Como inserir os pronomes oblíquos junto aos verbos da maneira correta é uma tarefa da colocação pronominal. Pode ser por meio da ênclise, da próclise ou da mesóclise. Na sequência, aprenda o que é, como utilizar e exemplos de mesóclise.

O que é mesóclise

Trata-se da colocação do pronome no meio do verbo, sendo possível das seguintes formas: com verbos no futuro do presente (empenhar-me-ei) ou no futuro do pretérito (empenhar-me-ia).

Quando usar

Conforme dito, apenas em verbos no futuro do presente e do pretérito que se usa mesóclise, uma vez que, com esses tempos verbais, não pode ocorrer ênclise. Outro fato a apontar é que a essa colocação prenominal pertence à língua culta, sendo muito presente em textos literários mais clássicos, por exemplo.

  • Apoiar-te-ei eternamente. (Futuro do presente)
  • Amar-te-ei todos os dias. (Futuro do presente)
  • Escutar-te-ia sempre que necessário. (Futuro do pretérito)
  • Esforçar-me-ia para conquistar todos os sonhos. (Futuro do pretérito)

Quando não usar

Em situações que se justifique o uso da próclise, isto é, quando ocorre o adiantamento do pronome, não ocorre mesóclise. Sendo assim, não haverá uso de mesóclise quando há a presença de palavra negativa, de conjunção subordinada, de pronome relativo, interrogativo, indefinido ou demonstrativo.

Se ainda tem dúvidas quanto à próclise e também a respeito da ênclise, confira o tópico a seguir e veja exemplos.

Diferença com ênclise e próclise

Há outros tipos de colocação pronominal além da mesóclise, como a próclise e a ênclise. A primeira ocorre quando o pronome vem antes do verbo, já a segunda é a colocação do pronome depois de um verbo. Confira exemplos a seguir:

  • Ênclise: presentearam-me com uma viagem de férias.
  • Próclise: como te abordaram na festa?
  • Mesóclise: procurar-me-iam apenas se fosse fundamental para o projeto.

Não deixe de continuar aprendendo e tirando suas dúvidas. Agora confira o que é e como utilizar a próclise e a ênclise.

Estela Santos

Editora-chefe do Dicas de Mulher, mestra em Letras, mediadora do clube de leitura #LeiaMulheres e autora do livro "O rio seco que vive em mim". Durante longo período, pesquisou sobre violência no Brasil. Gosta de planta, de bicho e de gente, mas ainda mais de histórias.